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Doença tropical não deve trazer dor de cabeça durante Copa, garante Ministério da SaúdeTropical disease must not be a concern during the World Cup, assures Health Ministry

Ao observarmos a distribuição de casos de dengue ao longo dos meses, é possível assegurar que nas semanas em que será realizada a Copa do Mundo de FutebolWhile looking at the dengue fever cases distribution along the months, it is possible to assure that during the weeks when the World Cup.

18/02/2014

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Ao invés de se preocupar com uma questão pontual como a dengue é preciso garantir todas as informações aos turistas para que eles se previnam e tenham alguns cuidados

“Ao observarmos a distribuição de casos de dengue ao longo dos meses, é possível assegurar que nas semanas em que será realizada a Copa do Mundo de Futebol, a transmissão da doença é cerca de 10 vezes menor do que pode ser considerada epidemia”. A afirmativa é do secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde (SVS/MS), Dr. Jarbas Barbosa, que acredita ter havido, por parte do pesquisador, uma tentativa de explorar o inusitado sobre a Copa, fazendo um trocadilho: a febre do futebol e a febre da dengue, argumenta ao falar sobre matéria divulgada na Nature.

Entretanto, o secretário destaca que o Brasil é um País diverso e, por isso, é importante que o turista procure se informar. “Ele deve tomar seus cuidados, mas é pouco provável que haja foco dentro dos hotéis onde vão ficar. De toda maneira, as Secretarias Municipais de Saúde das cidades-sede estão atuando junto com as Secretarias Estaduais de Saúde e o Ministério da Saúde implantando uma série de ações, como a vistoria dos estádios para verificar possível foco de mosquito de dengue”, assinala Dr. Barbosa ao salientar que não vê nenhum motivo para preocupação adicional. Segundo ele, todos os turistas terão acesso às informações de precauções disponíveis, tanto na página do MS na internet, quanto nos hotéis.

O secretário lembra que o Brasil fez um ensaio durante a Copa das Confederações e a Caminhada da Juventude, durante a visita do Papa. “Tivemos um plano de divulgação intenso em rodoviárias, aeroportos, hotéis, sobre várias medidas a serem tomadas, como vacinação prévia de febre amarela para quem vai para turismo de aventura em florestas ou explorar o mundo silvestre aqui no País”, aponta ao comentar que já existe um planejamento semelhante para a Copa do Mundo de Futebol. Ele atenta que todo viajante, em qualquer lugar do mundo, está exposto a alguns riscos. “Quem está em viagem agora para a Europa ou Estados Unidos, corre o risco da transmissão intensa do influenza, mas ninguém vai deixar de viajar por conta disso”, completa.

Dr. Barbosa defende que ao invés de se preocupar com uma questão pontual como a dengue, que busca o inusitado, é preciso garantir todas as informações aos turistas para que eles se previnam e tenham alguns cuidados, tais como: o que vai comer na rua; não se expor exageradamente ao sol – por se tratar de um País tropical e sempre consumir água tratada.

O secretário de Vigilância em Saúde antecipa que não há restrições de viagem para quase nenhuma doença atualmente, mas o ideal é que as pessoas ao sentirem qualquer sintoma aqui no Brasil procurem o Sistema Único de Saúde (SUS) ou do seu seguro privado. “O importante é a notificação imediata de algum caso da doença. Os médicos precisam comunicar se algum turista tiver quadro febril ou qualquer surto de doenças transmissíveis por alimento consumido nas ruas para que a autoridade local tome suas medidas”, adverte.

Brasil reduz óbito por dengue
De acordo com Dr. Barbosa, os óbitos por dengue têm reduzido – o que pode ser considerado uma conquista importante para o Brasil. “O DEN-4, em 2013, causou epidemias em vários países do Caribe, America Central, América do Sul – inclusive no Brasil chegou a ter um milhão e meio de casos da doença – o maior registro e, apesar disso, comparando com 2010, temos uma taxa de mortalidade menor”, ressalta.

O secretário atenta que a taxa de mortalidade do Brasil, entre os países das Américas, foi a menor. “Quando comparamos Brasil com Brasil, proporcionalmente, pegando a taxa de 2010, teríamos mais de 900 óbitos em 2014. Mas, com as ações que estão sendo implantadas desde 2011, estão ocorrendo reduções de hospitalização e de óbitos por dengue”, comemora ao reconhecer que esse é o caminho a ser seguido. Para isso, ele explica que é fundamental orientar bem os médicos, tanto na rede pública quanto na privada, para utilização correta do protocolo do MS; identificar rapidamente sinais de agravamento e instituir tratamento adequado – principalmente a hidratação, visando prevenir complicações.

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Instead of worrying with a punctual matter as dengue fever, it is needed to assure every information to the tourists, so they can prevent and take precautions

“While looking at the dengue fever cases distribution along the months, it is possible to assure that during the weeks when the World Cup, the diseases’ transmission is around 10 times lower that what could be named an epidemic”. The affirmative is from the Health Surveillance Secretary, from the Health Ministry (SVS/MS), Dr. Jarbas Barbosa, who believes there was an attempt to make a pun by a researcher: football fever and dengue fever, argues while talking about the article published in NatureMagazine.

However, the secretary highlights that Brazil is a large country and, for this reason, it is important that the tourist is well informed. “He must take precautions, but it is very unlikely that there are focuses inside the hotels they will be hosted. Anyway, the Municipal Health Secretaries of the host cities are acting along with the States’ Health Secretaries and with the Health Ministry implementing several actions, such as stadiums inspections to detect any possible developing points for the dengue fever mosquito”, signs Dr. Barbosa while stressing that he does not see any reason for extra concern. According to him, all the tourists will have access to all the available precaution information, either in the Health Ministry’s web page, as in the hotels.

The secretary reminds that Brazil performed an rehearsal during the Confederations Cup and the World Youth Day. “We had an intense advertising plan in bus stations, airports, hotels regarding measures to be taken, such as yellow fever vaccines for who will be in forest adventure tourism or exploring the wild world in Brazil”, points while commenting that there is a similar plan for the World Cup. He points that all traveler, anywhere in the world, is exposed to certain risks. “Those travelling to Europe or to the USA now, are in intense risk of influenza, but no one will give up a trip for this”, completes.

Dr. Barbosa defends that instead of concerning with a punctual matter as dengue fever, that seeks the unusual, it is need to ensure all the information to the tourists so they can prevent and have some special care: what they will be eating in the streets; not exposing too much to the sun – for being a tropical country and always consume treated water.

The Health Surveillance secretary forwards that nowadays there are no travel restrictions for nearly any disease, but the ideal is that if people experience any symptoms here in Brazil to look for the Unified Health System or their private health plans. “The important is the immediate notification of any disease case. The doctors must report if any tourist presents fever or food transmissible disease to the local authorities so they can act”, adverts.

Brazil reduces dengue fever deaths
According to Dr. Barbosa, the deaths from dengue fever have reduced – what can be considered a great achievement for Brazil. “The DEN-4, in 2013, caused epidemics in several Caribbean countries, Central America and South America – Brazil even reported 1.5 million cases of the diseases – the largest registry, and dispite this, compared to 2010, we had a lower mortality”, highlights.

The secretary reminds that the Brazilian mortality rate, among the American countries, was the lower. “When we compare Brazil to Brazil, proportionally, using the 2010 rates, we would have over 900 deaths in 2014. But with the measures being implemented since 2011, the hospitalizations and deaths by dengue fever are reducing” celebrates while recognizing this is the path to follow. For this, he explains how fundamental it is to orient the doctors, both from the private and public health systems, to use correctly the HM protocol; quickly identify worsening signs and apply the adequate treatment – especially hydration, aiming to prevent complications.