Susana Santana, categoria TV, e Mônica Tarantino com Monique Oliveira, categoria Impresso, são as vencedoras do Prêmio Jornalista Tropical 2016
A reportagem veiculada na Revista Brasileiros, das repórteres Mônica Tarantino e Monique Oliveira, mostrou a história de Maria Vitória Ataídes, 18 anos, e seu filho Luís, 6 meses, que nasceu com microcefalia e alterações neurológicas associadas ao vírus.
02/08/2016Matéria Herdeiros do Zika – Ameaça Microscópica, publicada na Revista Brasileiros, e a série de cinco reportagens que mostra desde a chegada do vírus ao País, com os primeiros casos identificados em Camaçari, até as pesquisas desenvolvidas para combate ao mosquito e a busca dos cientistas baianos para descobrir medicamentos que possam combater o vírus da Zika, veiculada na TV Bahia, vencem em suas categorias
A comissão julgadora da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), após criteriosa análise das 253 reportagens candidatas ao Prêmio Jornalista Tropical 2016, sendo 94 na categoria TV e 159 na categoria Impresso, escolheu como vencedora na categoria Impresso, por unanimidade, a matéria “Herdeiros do Zika – Ameaça Microscópica, das repórteres Mônica Tarantino e Monique Oliveira, publicada na Revista Brasileiros, em março deste ano. Já na categoria TV, também por unanimidade, foi escolhida a Série “Zika, onde tudo começou”, da repórter Susana Santana, veiculada na TV Bahia, entre os dias 25 a 30 de abril de 2016.
Devido ao grande volume de candidaturas, foram utilizados, inicialmente, critérios de cortes: temática, pois algumas reportagens traziam temas que não tratavam de Medicina Tropical, mas de outros tipos de problemas sociais que podem ocorrer em países tropicais; data de veiculação, uma vez que as matérias deveriam ter sido publicadas obrigatoriamente entre 15 de março de 2015 e 31 de abril de 2016; tipo de veículo onde a matéria foi publicada, pois o Prêmio contemplava apenas matérias que foram veiculadas em jornal ou revista, bem como matérias apresentadas na TV.
Após analisar critérios como interesse público da reportagem e relevância do ponto de vista social, bem como avaliar os detalhes mais técnicos do jornalismo ineditismo e diferenciação, qualidade, foco, originalidade e criatividade no desenvolvimento da pauta e do texto, observando os diferentes aspectos ligados ao tema abordado pela reportagem trazendo a Medicina Tropical como eixo central, diversidade e qualidade de fontes ouvidas, entre outros, foram selecionados 38 jornalistas na categoria Impresso e 15 jornalistas na categoria TV.
As reportagens selecionadas avançaram para uma nova avaliação, que tinha por objetivo indicar apenas cinco matérias por categoria, fase em que passaram a ser avaliadas por especialistas em Medicina Tropical. Segundo a comissão julgadora, as matérias tiveram destaque tanto pela abrangência quanto pelo tipo de abordagem. Ainda de acordo com a Comissão, a vencedora na categoria Impresso, se mostrou uma matéria que abrangeu vários aspectos da doença, suas manifestações clínicas, sua transmissão e prevenção, além de valorizar os pesquisadores que contribuíram para o reconhecimento da doença e de suas complicações. Na categoria TV, a Comissão entendeu que a série “Zika, onde tudo começou” apresentou um resumo da situação da epidemia de Zika, sua gravidade, os desafios científicos a serem superados e as perspectivas de seu controle.
Além do valor em dinheiro R$ 1.500,00 para os jornalistas vencedores, os ganhadores estão convidados a participar do 52º Congresso da SBMT para receberem o título de Jornalista Tropical 2016. O evento será realizado em Maceió (AL), de 21 a 24 de agosto.
Quem julgou as reportagens inscritas
A comissão julgadora foi composta por três especialistas em Medicina Tropical e uma profissional da área de comunicação.
O primeiro especialista que contribuiu na difícil decisão de classificar os trabalhos jornalísticos e que pelo conteúdo, abrangência e interesse social indicou suas preferências para o Prêmio, foi o Dr. Pedro Luiz Tauil, que é doutor em Medicina Tropical pela Universidade de Brasília (UnB), onde atualmente é professor colaborador voluntário, junto à área de Medicina Social da Faculdade de Medicina e professor do Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical. Recentemente recebeu o título de Professor Emérito daquela Universidade. Dr. Tauil possui experiência na área de saúde coletiva, com ênfase em epidemiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: epidemiologia e controle de malária, dengue e febre amarela e metodologia epidemiológica.
O segundo médico que participou da Comissão julgadora, Dr. André Siqueira, possui graduação em Medicina pela Universidade de Brasília (UnB), Residência Médica em Infectologia pela Universidade de São Paulo (USP), Mestrado em Epidemiologia pela London School of Hygiene & Tropical Medicine (2011) e Doutorado em Doenças Tropicais pela Universidade do Estado do Amazonas(UEA)/Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (2014). É Pesquisador e Médico Infectologista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI-FIOCRUZ).
O terceiro foi o Doutor. Carlos Costa, clínico e infectologista, que concluiu o mestrado em Medicina Tropical pela Universidade de Brasília e o Doutorado em Saúde Pública Tropical, na Harvard University e foi Presidente da SBMT entre 2011 e 2013. Atualmente é professor da Universidade Federal do Piauí, onde é chefe do Departamento de Medicina Comunitária, e é médico do Instituto de Medicina Tropical Natan Portella, coordenando o Laboratório de Pesquisas em Leishmanioses. Dr. Costa também é o coordenador-geral das mídias da SBMT.
A quarta integrante, da área de comunicação, foi a jornalista Denise de Quadros, que já coordenou a Comunicação Social do Conselho Federal de Psicologia (CFP); coordenou a imprensa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); foi chefe da Assessoria de Comunicação Social da Secretaria de Estado da Criança do Distrito Federal (SECriança); e há mais de quatro anos coordena a Assessoria de Comunicação da SBMT.
As reportagens:
As reportagens exibidas na TV Bahia foram pensadas para marcar um ano da identificação do vírus da Zika no Brasil e o que ele mudou no nosso comportamento e na rotina dos pesquisadores e profissionais de saúde.
EXTRA: BOLETIM DIRETO DE PARIS DO EVENTO ZIKA SUMMIT COM O INFECTOLOGISTA ANTÔNIO BANDEIRA
A reportagem veiculada na Revista Brasileiros, das repórteres Mônica Tarantino e Monique Oliveira, mostrou a história de Maria Vitória Ataídes, 18 anos, e seu filho Luís, 6 meses, que nasceu com microcefalia e alterações neurológicas associadas ao vírus. Os médicos e pesquisadores Artur Timerman, Celso Granato, Lia Giraldo, Marcelo Firpo Porto, Paolo Zanotto e Thomaz Gollop analisaram o impacto e os desafios da epidemia. Leia a matéria na íntegra: Clique aqui (Parte 1 / Parte 2)…