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Experimentação com animaisAnimal experimentation

Nos últimos meses, diversas vozes iniciaram um debate polêmico sobre uso o de animais em experimentação científica.During the last months, several voices started a controversial debate about using animals in scientific experimentation.

18/01/2014

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Pesquisadores estão cientes e tão preocupados quanto às associações protetoras dos animais em procurar outros métodos de investigação que não à experimentação animal

Nos últimos meses, diversas vozes iniciaram um debate polêmico sobre uso o de animais em experimentação científica. O assunto ganhou repercussão nacional e internacional, desde que, em São Paulo, um grupo de ativistas entrou no Instituto Royal para retirar cães da raça beagle usados em pesquisas e que, segundo os ativistas, estavam sendo maltratados. Desde então, a discussão ética vem ocupando o centro do debate acerca da utilização de animais vivos para experimentos científicos e aulas práticas em universidades brasileiras.

A experimentação em animais continua sendo uma necessidade para as pesquisas. No Brasil e mesmo nos países mais desenvolvidos, ainda não existe competência para que os experimentos em animais sejam totalmente substituídos por outros métodos, particularmente no que diz respeito a modelos de doenças com alterações patológicas complexas, envolvendo vários tecidos, órgãos e sistemas biológicos.

As pesquisas feitas com animais não são em si um fim, mas um meio para que o homem e os próprios animais sejam beneficiados pelo conhecimento adquirido sobre como as doenças surgem, evoluem e poderão vir a ser tratadas ou prevenidas. Assim, as pesquisas nos animais visam tanto o bem estar humano quanto o aprimoramento do tratamento veterinário. De fato, algumas pesquisas feitas em animais geraram benefícios primeiro para estes e só depois para os seres humanos. Exemplo muito claro disto foi a pesquisa sobre o tratamento feito com o medicamento ivermectina, que testado em animais deu certo, sendo inicialmente usado para tratar com sucesso suas parasitoses e, somente anos após, ser utilizado em seres humanos.

Os pesquisadores estão cientes e tão preocupados quanto às associações protetoras dos animais em buscar outros métodos de investigação que não à experimentação animal. Mas, ao mesmo tempo, estão conscientes que é impossível realizar a rápida mudança desejada. Parar as pesquisas em andamento em animais e suspender investigações que estão sendo feitas no País, sem saber quando estarão disponíveis outros métodos de investigações, seria irresponsabilidade para com a nossa sociedade. Além disso, passaríamos a depender das pesquisas de outros países, muitas delas resultantes também da pesquisa em animais, e que não priorizam o controle de algumas das principais doenças de importância em saúde pública em nosso País.

Devemos explicar à população que somente a médio prazo, na melhor das hipóteses, a substituição do uso de animais de experimentação por métodos alternativos poderá ser feita, até lá o modelo animal continua indispensável para o bem humano e dos animais, não obstante os inconvenientes para esses seres e a compreensível reação da sociedade que defende seus direitos.

Finalmente as autoridades devem ter a coragem e o discernimento de esclarecer à população o porquê de os animais de experimentação ainda serem fundamentais para esse mister, e punir os poucos que, à revelia da própria sociedade, invadem laboratórios certificados por órgãos oficiais de governos legalmente constituídos, interrompendo pesquisas essenciais, afrontando leis brasileiras e dificultando o desenvolvimento de produtos relevantes para a promoção da saúde humana e de seus animais domésticos.

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Researchers are aware and as concerned as the protection associations in finding alternatives for investigation other than animal experimentation

During the last months, several voices started a controversial debate about using animals in scientific experimentation. The matter gained national and international attention, since, in Sao Paulo, an activist group entered the Royal Institute to free Beagle dogs which were being used in researches and, according to the activists, were being abused. Ever since, the ethical discussion is in the center of the debate about using alive animals for scientific experiments and practical classes in Brazilian universities.

The animal experimentation is still required for researches. In Brazil and even in the more developed countries, there is no competence to substitute animal testing for other methods, particularly regarding diseases with complex pathological changes, involving several tissues, organs and biological systems.

Researches with animals are not per se an end, but a mean through which mankind and animals themselves can be benefited by the knowledge acquired on how diseases appear, evolve and how they can be treated or prevented. This way, researches with animals aim both mankind welfare and veterinary treatment. In fact, some researches with animals beneficiated these first, and only later for humans. A very clear example of this was the research about treatment with ivermectin, that when tested with animals succeeded treating their parasitosis and only years later, was used in humans.

Researchers are aware and as concerned as the protection associations in finding alternatives for investigation other than animal experimentation. But, at the same time, they are conscious that it is impossible to change quickly. Stopping current researches with animals and suspending the investigations in course in the country, without knowing when other methods will be available, would be irresponsible with our society. Besides this, we would depend of other countries researches, many of them, also resultant of animal experimentation, and that do not priories the control of some of the most important public health diseases in our country.

We must explain the population that only in medium term, at best, animal experimentation will be replaced by alternative methods. Until then, the animal model is still essential for human and animal welfare, regardless of the inconvenients towards these beings and the society’s understandable reaction while defending their rights.

At last the authorities must have the courage and discernment to clear the population of why the experimentation animals are fundamental, and punish the few that, against the society, invade laboratories with official governmental certification, interrupting researches, insulting Brazilian laws and hindering the development of products relevant to the promotion of human’s and its domestic pets’ health.